Posts Tagged ‘SUSTENTABILIDADE’

Mito ou verdade? Plantar árvores compensa a emis­são de carbono que causa o aquecimento global?

Mito. Até a fase em que a árvore atinge sua maturidade biológica, absorve e acumula car­bono. Porém, é preciso considerar a proporção absorvida pelos vegetais contra o carbono que é emitido pelo homem. A ONU estima que o plan­tio de árvores reduza em, no máximo, 5% das emissões globais de CO2.

Mito ou verdade? Desligar o computador diretamente no botão estraga o HD.

Verdadeiro. O HD pode queimar caso o computador seja desligado enquanto ele estiver processando. Além disso, quando a energia é cortada subitamente, as placas que cobrem o disco (que gira em alta velocidade) descem sobre ele e pode riscá-lo. Ao selecionar a opção ‘Desligar o Computador’, o sistema se prepara para repousar e suspende todas as atividades.

De olho na sacolinha


Quem nunca descartou o lixo de casa em sacolas de mercado que atire a primeira pedra. A prática, muito comum, está com os dias contados. Até o final do ano, supermercados de São Paulo deixarão de entregar as atuais sacolas. Em seu lugar retornam a conhecida “sacola de feira” e alternativas sustentáveis, como as ecobags (foto). E o lixo? A solução será adquirir sacos produzidos para este fim.

A Arte que vem do Lixo

Recentemente, o artista Vik Muniz ficou mundialmente conhecido pelo seu trabalho, retratado no documentário Lixo Extraordinário. Muniz nasceu em uma família de classe operária em 1961, em São Paulo. Quando jovem, foi baleado na perna enquanto tentava separar uma briga e, por isso, recebeu uma indenização. Com o dinheiro, financiou uma viagem a Nova York, onde viveu e trabalhou durante décadas. Lá, começou a carreira de artista plástico como escultor, mas, ao se interessar pelas reproduções fotográficas de seu trabalho, acabou voltando sua atenção exclusivamente para fotografia. Ele incorpora uma multiplicidade de materiais improváveis a este processo fotográfico, que reproduzem imagens clássicas do Fotojornalismo e da História da Arte.

Sua exposição individual no Museu de Arte Moderna (MAM), no Rio de Janeiro, foi a segunda em número de visitantes – ficando atrás somente da exposição de Picasso. Foi no MAM que Vik expôs pela primeira vez a série “Pictures of Garbage” no Brasil. A imagens foram feitas com materiais garimpados do Jardim Gramacho, maior aterro sanitário da América Latina. Em Gramacho, Vik foi recebido por uma comunidade de catadores. Estima-se que entre 3 e 5 mil catadores trabalhe separando material reciclável no aterro e que 15 mil pessoas obtenham seus rendimentos de atividades relacionadas a ele. Alguns catadores com quem Muniz se reuniu vêm de famílias que estão há três gerações no lixo e vivem à margem da sociedade. “Eu esperava ver pessoas destruídas, mas eles eram sobreviventes”, disse Vik, que rapidamente começou a trabalhar com os catadores que ajudaram a fazer seus próprios retratos.

A arte de Muniz é apenas um exemplo de como o lixo que produzimos pode se transformar em coisas boas. Plásticos, garrafas pet, latinhas de alumínio, vidro, papel, entre outros materiais, podem virar objetos de decoração, bolsas, acessórios, roupas, brinquedos ou, como mostra Muniz, em arte, com um toque de sustentabilidade.

De olho no tempo

Diariamente, descartamos incorretamente diversos tipos de resíduos. Por isso, conhecer o tempo de decomposição de materiais no meio ambiente é uma importante ferramenta para nos atentarmos na forma correta de jogarmos fora o lixo que geramos. Há muita variação no tempo exato de degeneração dos materiais na natureza. Isso se deve ao fato de que esse cálculo dependerá das condições do solo ou ambiente em que os materiais forem descartados. Veja a tabela com o tempo médio de decomposição de alguns resíduos. Lembrando que reciclar deve ser sempre a palavra de ordem.

Limpeza sustentável


Produtos utilizados na limpeza da casa, como detergentes, solventes, ceras e lustradores, possuem em sua composição elementos que podem agredir o meio ambiente e a nossa saúde. Por isso, é importante procurarmos alternativas que minimizem esses efeitos, como produtos biodegradáveis ou naturais. E pode parecer estranho, mas dentro do armário de casa, podemos encontrar bons substitutos para os artigos industrializados. Limão, vinagre, óleo e até o sal são algumas opções.

Segundo especialistas, óleos vegetais, como os de oliva, girassol e linhaça, podem substituir lustradores de móveis e ajudar na limpeza do alumínio. Para usá-los em móveis de madeira, basta juntar duas xícaras de óleo ao suco de um limão e utilizar uma flanela para aplicar a mistura. Na hora de polir janelas e esquadrias de alumínio, misture óleo e álcool, na mesma quantidade, e aplique com um tecido macio. O limão é outra opção de produto natural, ele ajuda a remover a sujeira e manchas de ferrugem, além de, quando misturado ao sal, formar uma potente pasta para limpeza doméstica. Para tirar a ferrugem de talheres e grelhas, por exemplo, é só limpar com uma palha de aço molhada com suco de limão. Manchas de suco e molho de tomate podem ser removidas se esfregadas com limão e, em seguida, enxaguadas. Deixar roupas amareladas de molho em água com pedaços de limão ajudam a alvejá-las. O vinagre também está na lista dos limpadores naturais, em especial o branco. Ele combate de mofo a gordura e odores fortes, substituindo detergentes, amaciantes e limpadores multiuso. É indicado para limpeza de tapetes e carpetes – a cada litro de água, acrescente duas colheres de sopa de vinagre –; na eliminação de cheiro de mofo em armários – coloque uma bacia ou assadeira com vinagre branco puro dentro do móvel vazio. Deixe pernoitar –; para limpar o fogão depois de uma fritura – deixe um pouco de vinagre sobre a gordura quinze minutos antes de limpá-lo –; aplicado e escovado em azulejos ou vasos sanitários ajuda a remover mofo e manchas. Outra ótima dica para absorver odores e limpar a cozinha é o bicarbonato de sódio. Diluído em água quente, o bicarbonato forma uma excelente solução para lavagem do forno, pias de aço inoxidável e panelas ou assadeiras com alimentos incrustados. Além de servir para desentupir ralos com gordura e na limpeza interna da geladeira e recipientes plásticos manchados. Você ainda pode deixar a sua casa perfumada com uma “receita” simples: dentro de um borrifador, coloque álcool e um punhado de cravos. Deixe descansar por alguns dias. Depois, borrife em todo o ambiente. Além do bom aroma, a mistura ajuda a afastar insetos.

Dentro da dispensa, você encontra soluções como essas, que fazem bem ao planeta e ao seu bolso.

 

De olho na safra


Os alimentos podem ser encontrados em quase todos os meses do ano, entretanto, se comprados no período de safra, são mais baratos e de melhor qualidade. Isso acontece porque o plantio de cada alimento exige cuidados individuais e características climáticas específicas.

Apesar de o desenvolvimento das técnicas agrícolas permitir a produção de hortifrutis ao longo do ano, alguns vegetais, cultivados fora do tempo de safra, podem apresentar baixo valor nutricional. Estudos japoneses mostraram que a sazonalidade podem influenciar, diretamente, no conteúdo da Vitamina C, por exemplo. No espinafre, a quantidade da substância reduziu entre cinco e oito vezes quando colhido fora de época. No tomate e no brócolis a redução foi de 50%. A quantidade de caroteno diminuiu 50% na cenoura, comparada ao mesmo produto colhido no período de safra. Por isso, ter conhecimento do momento certo de colheita só lhe trará benefícios, como alimentos mais nutritivos, com preços reduzidos e um cardápio variado, com frutas e hortaliças frescas.

O fim e início do ano é um bom período para o consumo de várias frutas, enquanto os meses do meio do ano são indicados para a compra de vegetais, devido à variedade. Agora, em fevereiro, é uma boa época para comprar abacate, abacaxi hawai, abóbora moranga, abobrinha, batata, batata doce, cebola, cebolinha, figo, goiaba, laranja pêra, limão, maracujá, melão, milho verde, repolho e uva Itália.

A Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo, a CEAGESP, disponibiliza uma tabela completa com o período de safra das frutas, verduras, legumes, temperos e pescados. Antes de ir às compras, confira a tabela no site http://www.ceagesp.gov.br/produtos/ e adquira produtos frescos, saudáveis e com preços mais acessíveis. Um ato de sustentabilidade não só para o seu bolso, mas também para sua saúde.

 

Fique atento ao prazo de validade

Após consultar o médico, você vai à farmácia com a receita prescrita para comprar o medicamento que te livrará da gripe. Uma caixa, com trinta comprimidos, lhe é vendida. A indicação médica é de que você precisa tomar o remédio até os sintomas passarem. Em apenas três dias, você está curado. Entretanto, várias pílulas sobram e, com o tempo, vencem. O que fazer com estes medicamentos? Muitas pessoas possuem hábitos de despejá-los no lixo comum ou nos vasos sanitários. O que elas não sabem é que esta atitude pode causar danos irreversíveis ao meio ambiente. Os resíduos medicamentosos percorrem um caminho que os levam para aterros ou redes de tratamento de esgoto. Sendo assim, entram em contato direto com o solo, rios, lagos e mares, contaminando-os.

A desinformação e falta de postos de coletas são os principais estimulante do descarte inadequado de medicamentos. Uma pesquisa da Faculdade de Ciências Farmacêuticas e  Bioquímicas Oswaldo Cruz apontou que apenas 2,7% dos entrevistados já haviam recebido informações do que fazer com as sobras medicamentosas. O levantamento mostrou ainda que 75,32% das pessoas descartam a medicação no lixo doméstico e 6,34% jogam na pia ou no vaso sanitário. Além disso, 92,5% nunca questionaram sobre a forma correta de se fazer o descarte. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) estima que R$ 20 bilhões em remédios são jogados fora, anualmente.

A venda de medicamentos fracionados é uma alternativa para o descarte inadequado. Há cinco anos, uma lei aprovada regulamenta sua venda, porém, ainda é muito difícil encontrar essa opção de compra em drogarias e farmácias. Além disso, nem todos os remédios estão disponíveis em fração. No site da Anvisa (http://portal.anvisa.gov.br/), você encontra uma lista com as drogas que podem ser vendidas nesse modelo. Entre elas há antibióticos, anti-inflamatórios e remédios de uso contínuo, como anti-hipertensivos.

Você deve estar perguntando: “mas o que eu faço com os medicamentos vencidos que tenho em casa?”. A resposta é simples. Encaminhe-os para a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de sua casa, que eles serão jogados fora da maneira correta. Outra alternativa é levá-los em cincos postos de coleta localizados em drogarias dentro de supermercados do grupo Pão de Açúcar. O material pode ser entregue nas drogarias das lojas Pão de Açúcar Real Parque e Jabaquara. O Extra Itaim, Penha e João Dias também possuem postos de arrecadação. A expectativa é estender o projeto para todas as drogarias da cidade de São Paulo em 2011 e, posteriormente, em todas as 154 drogarias do Grupo no País. Entretanto, no combate ao descarte inadequado de resíduos medicamentosos, o uso racional é a melhor arma a ser usada. É comum ver pessoas que criam uma minifarmácia em casa, com drogas para todos os tipos de enfermidades: dor no estômago, na cabeça, febre etc.. Evite comprar remédios em quantidade exagerada, os quais você não vai usar. Eles não vão mais te curar, porém causarão danos irreparáveis ao planeta.

 

Vamos construir…

Na hora de construir ou reformar uma casa, poucos se preocupam com os impactos causados pelas obras. Segundo dados da Sociedade de Pesquisa sobre Materiais Industriais Renováveis, a edificação de 1,7 milhões de casas em estruturas tradicionais – de madeira, aço e concreto – consome a mesma quantidade de energia que o aquecimento e refrigeração de 10 milhões de casas por ano. Por isso, na hora de construir, devemos nos atentar a diversos fatores, como tratar os resíduos, evitar o desperdício de materiais, selecionar com cuidado os fornecedores, verificar a origem dos produtos comprados e descartar adequadamente o entulho gerado. Outra dica é o uso de ecoprodutos, que podem substituir eventuais artigos que causam impactos ao meio ambiente. Entre os exemplos, podemos indicar tijolos ecológicos, produzidos em cimento prensado sem queima, placas e telhas ecologicamente corretos e 100% recicláveis e madeiras de demolição ou com certificação de origem. É importante acentuar que sustentabilidade deve ser a palavra de ordem em todo o processo de construção, não apenas na compra de materiais isolados.

Atualmente, existem diversas opções de materiais naturais que substituem, sem transtornos, os industrializados. Pode soar estranho, porém substituir os tijolos tradicionais por pedras pode ser uma boa opção na hora de construir. Paredes de pedras são trabalhosas de se fazer, porém, apresentam uma eficiente massa térmica, que absorve a temperatura externa, conservando-a no interior da residência, além de serem muito duráveis. Outros materiais que podem substituir os blocos são palha, bambu, tocos de madeira, terra socada, adobe – mistura de argila, areia, água e, às vezes, palha –, entre outros.

Na hora do acabamento, reaproveitar deve ser a diretriz. Se for possível, instale um sistema de energia solar, que permite que você economize na conta de energia elétrica, utilizando uma fonte renovável. Apesar da instalação desse tipo de sistema ainda ser relativamente cara, é um investimento que renderá tanto para você quanto para o planeta. Outra forma de reaproveitamento da luminosidade do sol são as claraboias. Com elas, é possível economizar energia aproveitando a claridade do dia. Banheiros, corredores e lavanderias são espaços ideais para este tipo de abertura.

O reaproveitamento da água também precisa estar entre as preocupações na hora de construir. Utilizar a água da chuva é uma excelente opção. A criação de um sistema para captação, filtragem e armazenamento de água não é algo caro e nem difícil de fazer. Apesar de não ser adequada para beber, cozinhar e tomar banho, a água da chuva pode ser usada na limpeza da residência, lavagem de calçadas, carros e roupas e até para regar canteiros e jardins.

Na hora de calcular os custos de uma obra, calcule também os impactos que ela pode causar. Assim, você economiza o seu dinheiro e minimiza suas marcas no planeta.

 

Muito além do meio ambiente…


Ao falarmos de sustentabilidade, é comum pensarmos em temas relacionados ao meio ambiente, porém, o conceito estende-se muito além das temáticas ambientais. Na economia, a sustentabilidade é definida como a capacidade de produção, distribuição e utilização equitativa das riquezas produzidas pelo homem. No âmbito econômico, medir as consequências das transações é fundamental. Atualmente, o mercado valoriza organizações que adotam uma gestão que visa, além do lucro, garantir sua sobrevivência e crescimento em longo prazo, de modo que suas atitudes não prejudiquem tanto do viés econômico quanto social e ambiental. Essa ideia permitiu que alguns mercados se segmentassem como é o caso do setor de energia, com o surgimento de fontes renováveis. O investimento ético e sustentável é um agente motivador no mercado SRI (Social Responsibility Initiative), conceito que está profundamente ligado à responsabilidade social das organizações. Sendo assim, é importante que as estratégias econômicas, sociais e sustentáveis da empresa caminhem unidas, tornando-se apenas uma. Uma das vantagens adquiridas pelas organizações que adotam esse conceito é a valorização de sua imagem diante do público-alvo e, também, no mercado do qual elas pertencem. É importante salientar que a sustentabilidade econômica vai muito além do que uma concepção utópica e ideológica. Ela objetiva iniciativas que avaliam a qualidade, o valor e os impactos consequentes.

Lixo eletrônico também deve ser reciclado

Qual é o destino do lixo eletrônico que você produz? Hoje em dia, é normal aparelhos tornarem-se rapidamente obsoletos e serem descartados como lixo comum. Porém, o descarte inadequado desses resíduos pode causar danos irreparáveis ao meio ambiente. Geladeiras, computadores, televisores, entre outros aparelhos, possuem em sua composição metais tóxicos como mercúrio, cádmio, berílio e chumbo. Tais elementos, em contato com o solo, contaminam o lençol freático; se queimados, poluem a atmosfera; além de originarem graves doenças nos catadores que sobrevivem da venda de materiais coletados nos aterros sanitários. De acordo com o Greenpeace, são produzidos no planeta, anualmente, cerca de 50 milhões destes dejetos. Na União Europeia, esse número vem crescendo 5% ao ano.

No caso de microcomputadores e monitores, todos os componentes podem ser reciclados, inclusive as substâncias tóxicas. Entretanto, no Brasil a maioria das empresas de reciclagem do gênero é segmentada e reutiliza apenas materiais específicos. A velocidade com que estes equipamentos tornam-se remotos faz com que a produção de resíduos aumente assustadoramente. Na Europa, desde 2003, os fabricantes são responsabilizados pelo tratamento dos dejetos eletroeletrônicos. Outra lei restringe o uso de determinadas substâncias nestes dispositivos. No Brasil, desde agosto deste ano, está em vigor a lei nº 12.305, referente à Política Nacional de Resíduos Sólidos, que determina o destino para o resíduo eletroeletrônico. No Estado de São Paulo, a Lei 13.576 institui normas e procedimentos para a reciclagem, gerenciamento e destinação final do lixo tecnológico. Segundo pesquisa do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), realizada em 11 países emergentes em desenvolvimento, o Brasil tem a maior produção per capita de lixo eletrônico – meio quilo – oriundo de computadores.

Para facilitar o descarte deste material, A Universidade de São Paulo (USP) criou o Centro de Descarte e Reuso de Resíduos de Informática (Cedir) do Centro de Computação Eletrônica (CCE). O Centro recebe peças e equipamentos de informática e eletroeletrônicos obsoletos da população. Instalado em um galpão de 400m², conta com área para categorização, triagem e destinação de 500 a 1000 equipamentos por mês.

Os interessados devem agendar a entrega do seu lixo eletrônico pelos telefones 3091-6454/6455/6456 – de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h ou pelo e-mail consulta@usp.br. Para mais informações sobre o Centro e dúvidas envie e-mail para cedir.cce@usp.br.

Um, dois, três… os sete erres da Sustentabilidade

photo express

Reduzir, Reutilizar e Reciclar, essas três palavrinhas são conhecidas por compor o conceito dos “três erres”. Apesar de já estar bem difundido, frequentemente, surgem muitos outros erres para fazer parte desta composição. O três erres sugerem a adoção de hábitos simples, que podem ajudar a diminuir nossa pegada ecológica no planeta, contribuindo para a geração atual e para as vindouras. Conheça-os e pratique-os:

  • Repensar: de acordo com o Dicionário Michaelis, a palavra pensar significa (1) combinar ideias; raciocinar; refletir; (2) editar, refletir em; (3) julgar, supor; (4) estar preocupado; (5) cogitar. Com essa definição, podemos concluir que ‘repensar’ é pensar duas vezes antes de uma ação. Este conceito preconiza uma análise crítica da necessidade de algum produto, antes de comprá-lo. Nem tudo o que consumimos é realmente indispensável, muitas das vezes compramos certas ‘coisas’ por influências midiáticas ou externas.

 

  • Recusar: após repensar e perceber que a compra de alguns produtos não são necessários, simplesmente recuse-os. Rejeite, também, produtos que agridam o meio ambiente como sacolas plásticas para o transporte de compras.

 

  • Reduzir: se a compra do produto for indispensável, adquira-o de forma racional. Procure consumir aquilo que possua maior durabilidade e que evite o desperdício.

 

  • Reutilizar: após reduzir o consumo, que tal reutilizar aquilo que for possível? Papéis velhos podem virar rascunhos, latas de alumínio portas-trecos e muitos outros objetos tornam-se verdadeiras peças de arte com técnicas artesãs.

 

  • Reciclar: caso não dê para reutilizar, procure reciclar. Na hora de jogar fora o lixo de sua casa, não se esqueça de separar os resíduos comuns dos produtos recicláveis como papel, plástico, vidro e metal. Óleo de cozinha usado, cartuchos de impressoras, pilhas, baterias, CDs, DVDs e radiografias também podem ser reciclados, procure o posto de coleta mais próximo de sua residência.

 

  • Reparar: antes de jogar fora algo que quebrou, tente arrumá-lo. Na maioria das vezes, o conserto é mais barato do que a compra de um novo produto.

 

  • Reintegrar: produtos orgânicos que não podem ser reciclados como restos de alimentos devem ser reintegrados à natureza. Uma boa dica é produzir compostagem com as sobras, que deixará seu jardim, horta ou pomar muito mais bonito.

Recicle-se

Morguefile

Existem muitas formas de colaborar com o Meio Ambiente. Uma delas, se não a principal, é a reciclagem. O dicionário Michaelis apresenta duas definições para a palavra reciclagem: (1) atualização de conhecimento e (2) reaproveitamento de material usado. Pode parecer que não, mas o primeiro significado expressa muito mais a importância da palavra do que o segundo. Para que o reaproveitamento de materiais seja possível, antes é necessário que haja uma atualização de conhecimentos, com mudanças de hábitos simples, porém que podem colaborar com a saúde do planeta. Muitos materiais comuns do nosso dia-a-dia podem, e devem, ser reciclados. Alguns exemplos são o papel, o vidro, o metal e o plástico. Os principais benefícios dessa reutilização são a minimização do uso de fontes naturais e da quantidade de resíduos que precisam de tratamento final, como aterramento ou incineração.

O tema ganhou destaque na mídia na década de 1980, com a constatação de que fontes de petróleo e de outras matérias não renováveis estavam se esgotando velozmente e que havia falta de espaço para o descarte dos resíduos produzidos pelo homem na natureza. O termo vem do inglês recycle (re = repetir, e cycle = ciclo).

Para dimensionar a importância da reciclagem, vale a pena ver alguns números:

  • a reciclagem de uma tonelada de latas de alumínio economiza 200 metros cúbicos de aterros sanitários;
  • o vidro, no processo de reaproveitamento, requer menos temperatura para ser fundido, o que economiza 70% de energia, além de ser 100% reciclável;
  • uma tonelada de vidro reciclado evita a extração de 1,3 toneladas de areia da natureza;
  • a reciclagem de cem toneladas de plástico impede a extração de uma tonelada de petróleo.

Nos últimos anos, as garrafas PETs tornaram-se elementos comuns da paisagem das grandes cidades. Ao invés de descartá-las nas ruas, córregos ou rios da sua cidade, que tal produzir um prendedor de saquinhos de mantimentos. Fácil de fazer, prático e útil. Confira:

Reprodução

1. Recorte a garrafa um pouco abaixo da tampa (a imagem mostra uma tesoura, porém você pode usar um cortador de caixa).

2. Pegue o saquinho de mantimentos que deseja fechar. Coloque a parte do plástico aberto pelo gargalo da garrafa cortada e feche com a tampa.

Sacolas plásticas: asfixia evitável

Reprodução

Você é daqueles que costuma utilizar várias sacolas plásticas para embalar suas compras? Apesar da praticidade, saiba que elas podem causar danos irreparáveis ao meio ambiente. O chamado “saquinho de supermercado” é um produto derivado do petróleo, substância não renovável, e pode demorar centenas de anos para se decompor na natureza.

Além disso, anualmente, o material é responsável por provocar a morte de milhares de animais por sufocamento, intoxicação ou obstrução do aparelho digestivo após ingerirem o plástico jogado nos mares. Geralmente, peixes e outros animais marinhos confundem o objeto com águas vivas, um dos principais alimentos das tartarugas, por exemplo. Na cidade, outro problema tem como grande responsável o popular saquinho. Trata-se do entupimento da passagem de água em bueiros e córregos, contribuindo para as inundações e retenção de mais lixo. Quando incinerado, o material também libera toxinas prejudiciais à saúde. No Brasil, cerca de 10% do lixo produzido é composto por sacolas plásticas. Isso se deve à cultura criada nos brasileiros de descartar os seus dejetos neste material. Várias cidades no mundo já proibiram ou intensificaram a fiscalização de sua distribuição e uso.

O que fazer?

O importante é evitar utilizar sacos plásticos. Procure levar sua própria bolsa, seja no mercado, na venda, quitanda ou feira. A substituição pode ser feita por sacolas retornáveis, sacos de papel e as ecobags. Caso a quantidade de compras seja muito grande, utilize caixas de papelão para transportá-las.

Na Europa, por exemplo, os costumes já estão mudando. Em alguns países, quem não levar sua própria bolsa, paga por cada saco plástico utilizado. Medidas de orientação também foram adotadas em algumas nações.

No Brasil, redes de supermercados tomaram medidas para reduzir o uso de sacolas plásticas pelos clientes. Em parceria com Ministério do Meio Ambiente participam da campanha Saco é um Saco, que substitui sacolas plásticas por caixas de papelão, sacos reutilizáveis e sacolas biodegradáveis. Dados da Associação Brasileira de Supermercados apontam que cerca de doze milhões de sacolas plásticas tradicionais são usadas por ano no Brasil.

Enfim, a única solução para esse problema está na mudança de hábito. Consumir menos sacos plásticos, ter sempre à mão uma bolsa própria e não utilizar o produto para o descarte de lixo são algumas alternativas que ajudarão para que o planeta não sufoque.

Na pegada

Morguefile

Ao  caminharmos  à  beira  mar,  é  comum pararmos para observar nossos  rastros na areia. Você  sabia que, da mesma  forma, é possível  analisar  as marcas que deixamos no  planeta? Trata-se  da  chamada  Pegada Ecológica,  que  se  refere  à  quantidade de  terra  e  água  necessária  para  suprir  a geração  atual,  considerando  os  recursos materiais  e  energéticos  gastos  por  uma determinada população.

O termo  foi  usado,  pela  primeira  vez, em  1992,  pelo  ecologista  William  Rees. Em  1995,  Rees  e  o  especialista  Mathis Wackergel  publicaram  o  livro  Pegada Ecológica  –  Reduzindo  o  Impacto  do  Ser Humano  na  Terra.  A  Pegada  Ecológica foi  criada  para  calcular  a  quantidade  de recursos  que  utilizamos  para  mantermos nosso  estilo  de  vida.  Com  um  simples cálculo,  podemos  descobrir  como  nossas ações interferem na capacidade do planeta de oferecer e  renovar  recursos e absorver os resíduos que produzimos. O cálculo é feito por meio do cruzamento de  alguns  dados,  que  levam  em  conta fatores  como  alimentação,  hábitos, consumo,  moradia  e  transporte.  Sabe-se  que  países  tecnologicamente  mais desenvolvidos  deixam  “pegadas”  mais marcantes  no  planeta  do  que  as  nações subdesenvolvidas.

Atualmente, a Pegada Ecológica é utilizada como  indicador  de  sustentabilidade ambiental  e  econômica  no  estilo  de vida  de  indivíduos,  produtos,  serviços, organizações,  indústrias,  comunidades, cidades, regiões e nações. Talvez, entretanto, o mais  importante  seja na pegada saber que mudanças simples e hábitos de vida mais saudáveis à Terra, podem diminuir suas  marcas,  que  fcarão  registradas para  toda  história  do  planeta.  Inúmeras Organizações  Não  Governamentais (ONGs)  criaram  programas  que  calculam os rastros que deixamos no planeta. Entre no site  http://www.pegadaecologica.org.br,  e descubra se as suas ações estão à favor ou contra  o  mundo.  Prepare-se,  o  resultado provavelmente será  surpreendente.

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