Archive for julho, 2011

Mitos prejudicam detecção precoce de câncer em homens

De todos os tumores malignos que atingem o homem, 23% são urológicos, especialidade que inclui os cuidados com o rim, bexiga, próstata, uretra e pênis. E nos órgãos presentes tanto nos homens quanto nas mulheres, a população do sexo masculino apresenta uma incidência de duas a três vezes maior de câncer, quando comparado com o público feminino. E um dos principais fatores que contribui para este quadro é a desinformação.

Um levantamento realizado pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), ligado à Secretaria de Estado da Saúde e à Faculdade de Medicina da USP, apontou os principais questionamentos e mitos populares entre os homens sobre a incidência e o diagnóstico destas doenças. E o resultado apontou que a desinformação realmente existe entre a população masculina.

Perguntas como “segurar a urina dá câncer?”, “jovens não fazem parte do grupo de risco para câncer?”, “o ato de fumar não está relacionado ao desenvolvimento de câncer, com exceção do de pulmão”, são exemplos de questionamentos comuns entre os homens.

De acordo com o urologista do Icesp, Marcos Dall’Oglio, é fundamental desmistificar alguns desses questionamentos. “O paciente precisa saber quais são os fatores e os comportamentos de risco para o desenvolvimento de cânceres urológicos. Somente a boa informação ajudará a reduzir o número de pacientes que chegam tardiamente ao consultório em busca de tratamento”, alerta.

Veja abaixo alguns mitos populares quando o assunto é o câncer urológico:

  • Masturbação pode causar câncer. | Não há relação entre esta prática e o desenvolvimento de tumores urológicos.
  • Segurar a urina dá câncer. | Não há qualquer estudo científico que associe o fato de segurar a urina com o desenvolvimento de câncer ou com a instalação de qualquer outra doença.
  • Toda cirurgia para tratamento de câncer de próstata provoca impotência. | Não. Um dos tipos de cirurgias, que prevê a retirada total da próstata (prostatectomia radical) pode provocar a impotência. O risco de que isso aconteça é de 30% e depende muito de fatores como idade, função sexual pré-operatória e gravidade do tumor. Além disso, vale ressaltar que o crescimento benigno da próstata não provoca impotência.
  • Não há relação entre o ato de fumar e o desenvolvimento de tumores urológicos. | Há sim: 70% dos casos de câncer de bexiga ocorrem em pacientes fumantes
  • Falta de higiene não está relacionada ao câncer. | A maioria dos tumores no pênis surge em decorrência da falta de higiene no órgão genital.
  • Homens jovens não estão sujeitos ao desenvolvimento de câncer. | A maioria dos tumores é mais rara no público jovem, mas o câncer de testículo acomete principalmente os indivíduos que têm entre 15 e 35 anos.
  • Só devo me preocupar depois que surgirem sintomas. | A maioria dos tumores cresce de maneira silenciosa. Por isso, o cuidado rotineiro com a saúde é muito importante. Metade dos casos de câncer de rim em tratamento no ICESP foi detectada incidentalmente, durante a realização de exames de rotina e quando não apresentavam qualquer sintoma.

 

Harry Potter – The End

Com um pacote de Ruffles churrasco, uma barra de Diamante Negro, uma lata de Fanta laranja nas mãos e com a ansiedade pulsando nas veias assisti ontem o fim da mais bem sucedida franquia da história do cinema. Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2 fechou a série – perdoem-me pelo clichê – com chave de ouro.

Não li o livro, nem lerei. Não quero que a magia da película seja deturpada pelas letras. Sim, eu sei que a literatura é sempre melhor. Apesar de a minha idade me enquadrar na geração Harry Potter, não passei a minha adolescência sempre à espera do próximo filme. Aprendi a gostar da heptologia no ano passado, quando assisti os longas em sequencia. Já adulto, me apaixonei. Histórias brilhantemente emaranhadas, atuações fantásticas e enredo arrebatador. Ingredientes que só poderiam resultar no sucesso.

O último filme atendeu a necessidade do público. Segredos inimagináveis foram revelados, personagens secundários participaram ativamente do desfecho, efeitos especiais de rara beleza. Harry Potter – o filme – amadureceu junto com os seus fãs. De um conto infantil tornou-se uma história de aventura envolvente, capaz de movimentar milhares de pessoas para o cinema. No fundo, a série usou a fórmula básica para qualquer filme do gênero: a luta do bem contra o mal. Em as Relíquias da Morte – Parte 2, por exemplo, a morte, a guerra, a dor, o sofrimento viraram elementos palpáveis na vida de Harry. Assim como é na realidade. Ao mesmo tempo, retratou o poder do amor, da amizade, da união, da alegria. Assim como é na realidade. Com o bruxo mais famoso do planeta aprendemos que podemos nos “desaparatar” para um universo mágico e, simultaneamente, real. É o fim de uma era.

25% dos operados com câncer tem menos de 50 anos

Uma pesquisa realizada pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), ligado à Secretaria de Estado da Saúde e à Faculdade de Medicina da USP, apontou que 25% dos pacientes oncológicos operados na unidade têm menos de 50 anos. O estudo mostra ainda que, do total de cirurgias oncológicas, a maioria são em mulheres, somando 51,5%. Na análise exclusiva dos que tem até 49 anos, o público feminino também é maioria, representando 64% dos casos.

De acordo com o levantamento, a principal especialidade cirúrgica utilizada é a urologia, responsável por 28% de todos os procedimentos realizados. Em seguida, estão as especialidades de cabeça e pescoço (11%), aparelho digestivo (8,5%), ginecologia (8,5%), mastologia (7%), toráxica (5%) e ortopédica (2%). Além disso, cirurgias plásticas reparadoras são responsáveis por 8% dos procedimentos cirúrgicos.

O estudo mostra ainda que 30% dos pacientes submetidos a uma cirurgia de câncer têm mais de 70 anos; 27% têm entre 60 e 69 anos; e 24% tem entre 50 e 59 anos. Considerados jovens, os pacientes com menos de 50 anos somam 25% de todos os operados. A maior parte deles está concentrada na faixa etária de 40 a 49 anos (14%), seguida por aqueles que têm entre 30 e 39 anos (6%). Pacientes com idade entre 20 e 29 anos correspondem a 4% dos que foram submetidos à cirurgia e os que têm até 19 anos representam 2% dos operados.

“Esse levantamento mostra claramente que a idéia de que o câncer afeta somente os pacientes mais velhos está errada. É um número expressivo e por isso é sempre muito importante que as pessoas, independente da idade, façam os exames de rotina regularmente e procurem o médico de sua confiança sempre que notarem alguma anormalidade com a saúde”, alerta o oncologista e diretor Geral do Icesp, Paulo Hoff.

Re.ti.cên.cias (…)

 

“Pra falar a verdade, às vezes minto.
Tentando ser metade do inteiro que eu sinto.”

A reticência é muito mais do que um sinal de pontuação, é uma forma de expressão. Ela pode exprimir nossos sentimentos mais intrínsecos, muitas vezes desconhecidos. É a saída para quando suas respostas não são encontradas no Google ou nos livros – em qualquer livro. Ou quando a alegria está além dos seus relacionamentos no Facebook. Pode ser a maneira de expressar o saber e o não saber, a dúvida, o medo, a certeza, a fé dissolvida, os sentimentos ocultos. É a solução para quando os versos da banda híbrida que você curte não são suficientes para exteriorizar o seu infinito interno. Quando as verdades das letras do Cazuza são pequenas ante a sua verdade. Quando a confiança se esvai como a água encontra o ralo durante o banho. A reticência pode ser a forma de você dizer o que quer dizer; o que pode, mas não quer; o que não pode, mas gostaria; o que lhe incomoda, mas está oculto; a verdade que não pode ser dita; ou a verdade que virou mentira. É o silêncio voluntário. É usada quando o branco ou o preto que tinge a sua vida torna-se cinza. É a resolução para quando os textos da madrugada não vêm ou o computador esquece de salvá-los. Para suas discordâncias com o Acordo Ortográfico ou com amigos e familiares. É muito além de sua definição gramatical e aquém do que acreditamos ser. É a resposta para tudo. Ou quase tudo…

Mito ou verdade? Plantar árvores compensa a emis­são de carbono que causa o aquecimento global?

Mito. Até a fase em que a árvore atinge sua maturidade biológica, absorve e acumula car­bono. Porém, é preciso considerar a proporção absorvida pelos vegetais contra o carbono que é emitido pelo homem. A ONU estima que o plan­tio de árvores reduza em, no máximo, 5% das emissões globais de CO2.

Vênus Negra

Paris, 1817. Ao observar o modelo do crânio da africana Saartijie, o médico Georges Cuvier afirma, categoricamente: “Nunca vi a cabeça de um ser humano tão parecida com a de um macaco”. Sete anos antes, Saartije saiu de sua terra natal com seu mestre, Caezar, que expôs seu corpo em shows de horrores londrinos. Ao mesmo tempo livre e escravizada, Saartijie se tornou um ícone dos miseráveis. Filme baseado em fatos reais.

Direção: Abdellatif Kechiche

País: França/Itália/Bélgica (2011)

Inverno é pior para pacientes com câncer, diz Icesp

Alguns efeitos colaterais do tratamento oncológico já são popularmente conhecidos. À quimioterapia, por exemplo, estão associados os enjôos e vômitos. Porém, as temperaturas mais baixas de inverno também exigem do paciente maior atenção e alguns cuidados especiais.

O Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), ligado à Secretaria de Estado da Saúde e à Faculdade de Medicina da USP, preparou algumas dicas para ajudar a entender e evitar esses desconfortos para quem passa por tratamento oncológico.

Alguns tipos de quimioterápicos aumentam a sensibilidade ao frio, exigindo cuidado especial do paciente durante o inverno. Como consequência, pode-se sentir uma sensação de formigamento ou de choque, principalmente nas extremidades corporais (mãos e pés).

Adotar alguns cuidados simples pode ajudar a passar melhor pelo inverno, como agasalhar-se bem, usar luvas e meias para manter as mãos e pés aquecidos, usar tocas ou gorros de lã, principalmente se a quimioterapia provocou queda de cabelo,  ampliar o consumo de bebidas quentes, como os chás, evitar a ingestão de líquidos gelados e reduzir o contato com objetos frios. Essas medidas ajudam a minimizar o desconforto.

“O mais importante é saber que essas alterações são comuns e reversíveis. Assim que o tratamento termina, os pacientes recuperam a sensibilidade”, diz Maria Pilar, coordenadora da Oncologia Clínica do Icesp.

Na hora de ler

Seja para preparação de relatórios, de tra­balhos acadêmicos ou por lazer, a leitura está na rotina da maioria das pessoas. En­tretanto, é necessário atentar-se a alguns cuidados. Um hábito que ajuda a evitar problemas, por exemplo, é ler em am­bientes claros, de preferência com luz na­tural. Caso o único tempo que você tenha disponível para a literatura seja à noite, indica-se que a luz incida pelo lado con­tralateral à mão que escreve, à distância de, aproximadamente, 50 centímetros. Caso você siga a recomendação, uma lâmpada de 60 watts é ideal para iluminar o ambiente de modo adequado. Dê pre­ferência às luzes incandescentes, simila­res à claridade solar. Confira outras dicas: